sexta-feira, 2 de dezembro de 2011


Um dia nosso.
Pode ser em Minas; ou em Belém, durante a chuva das três.
Primeiro, vamos sentir o abraço um do outro. Já sei até o que vou dizer do teu: "me conforta tanto, de um jeito que não sei explicar...". Segundo, um sorrindo para o outro - mais sorrisos do que palavras -: valendo o jogo de quem tem o sorriso mais bonito?
Então, podemos ir para qualquer lugar. O teu preferido, ou o meu; um que lembre tua infância, ou um que eu ache belo. Até podemos pegar um carro - só nós dois - e sair pela estrada, sem nenhum destino fixo. Não te esquece do livro do Jack! Ele pode servir de guia. Podes pegar também um do Velho Buk (os dois me fazem lembrar sempre de ti). Sairemos por aí, escutando Jazz e clamando alto suas palavras.
Podemos até parar num bar (mas não tem problema se eu não beber, certo?). Ficarei só te observando do outro lado da mesa, com uma certa admiração: fixando na minha memória todos os teus traços, teu jeito de virar o copo, teu jeito de rir. E imaginar "cara, tu és lindo!".
A vontade é de te contar um segredo meu que ninguém sabe: e transformá-lo em algo nosso, sincero. Pra mim isso é, realmente, um desafio ao meu instinto dissonante. Já comentei contigo sobre a minha insegurança? Já falei que erro? Mas, agora, o que mais quero é participar de todos os teus momentos; transformá-los em meu instante, constantemente.
Meu medo, às vezes, é uma força; outras, confusão. Mas sabe qual a outra vontade que tenho também? De navegar em ti, na tua voz, nos teus olhos, nas tuas mãos: de ir contigo, como se estivéssemos em uma correnteza, sem direção.
Ontem sonhei contigo, e acordei chamando pelo teu nome (não escutastes?). E pensei "é essa distância que, mesmo não querendo, atrapalha". Imagino nós dois em um romance do Bukowski - um que ainda não foi descoberto.
E na hora de ir? Como vai ser? Me desculpa, mas sou péssima em despedidas: eu falo, falo, falo e acabo não indo mais - talvez por não querer. Te pergunto, isso é bom ou ruim?

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